Muros da Cidade Velha ganham grafite
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Os muros da Cidade Velha, no Centro Histórico de Belém, começaram a ganhar, desde segunda-feira, 29, novas cores e formas pelas mãos de jovens e adultos que participam de uma oficina de grafite ministrada pela artística visual Drika Chagas, por intermédio do Biizu, projeto de mídia popular da Secretaria de Estado de Comunicação (Secom). A ideia é reunir, através de “sketchs” transformados em grafites e impressos nos muros, ao longo da oficina, as histórias passadas de geração em geração nesse que é o bairro mais antigo da capital paraense.
Serão três semanas de oficina e dez muros grafitados, todos autorizados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artísitico Nacional (Iphan), em Travessas como a Joaquim Távora e a capitão Pedro Albuquerque. Ao final do trabalho, previsto para o final de agosto, seis guias – alunos de História e Antropologia que se dispuseram a colaborar com o projeto - irão promover caminhadas monitoradas pelos locais da intervenção, sempre aos sábados e domingos, para explicar ao público as histórias que deram origem a cada um dos grafites.
O trabalho, explica a diretora de Comunicação Popular e Comunitária da Secom, Helena Muller, é fruto de um projeto idealizado por Drika Chagas e viabilizado pela Secretaria de Comunicação, o R.U.A - Rotas Urbanas pela Arte. “Durante três meses, o pessoal do projeto andou pela Cidade Velha, visitando, conversando e coletando essas histórias. Só depois desse processo é que elas foram selecionadas para que a Drika, então, começasse a trabalhasse nos ‘sketchs’ (esboço dos grafites), que são os desenhos que vão servir de base na oficina”, conta.
Em seguida foi feita a divulgação e seleção dos participantes, que são provenientes de oficinas do Biizu e também pessoas interessadas em participar do projeto. Ao todo, a oficina conta 30 participantes. A cada semana, dez deles participam das aulas e das intervenções no bairro. As atividades tem início por volta das 8 horas, de segunda a sábado, com concentração no Fórum Landi, na Praça do Carmo.
Mais projetos – Além do projeto na Cidade Velha, outras duas jornadas promovidas pelo Biizu, em Belém, iniciaram nesta segunda. Uma delas, em que são ofertadas oficinas de fotografias e audiovisual, participam famílias impactadas diretamente pela Macrodrenagem da Bacia da Estrada Nova. Cerca de 80 jovens, entre 12 e 20 anos, participam das oficinas, que terão a duração de um mês.
Segundo Helena Muller, a procura partiu dos profissionais do Programa de Saneamento da Bacia da Estrada Nova (Promaben), que junto com a comunidade escolheu as duas primeiras oficinas a serem ofertadas pelo Biizu. “As atividades que foram escolhidas (fotografia e audiovisual) de início traduzem o que eles vivem. Existe uma necessidade deles registrarem esse processo de transformação do espaço, tanto que eles já acertaram esse tema para o vídeo que será produzido ao final da oficina”, observa.
Texto > Amanda Engelke > Nas fotos: Drika Chagas.
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