Meteorologia prevê muitas chuvas até outubro
Temperatura na região sul do Estado pode alcançar até 38 graus C
A quantidade de chuva na Região Metropolitana de Belém (RMB), Marajó, Baixo Amazonas e no sudoeste do Pará vai continua acima do normal até o final de outubro, segundo boletim da Rede Estadual de Previsão Climática e Hidrometeorológica do Estado do Pará (RPCH). No restante do Estado, as chuvas tendem a aumentar a partir do mês que vem. Somente as regiões da Calha Norte, nordeste e extremo sul do Pará terão chuvas dentro da normalidade para o período.
O boletim da RPCH também mostra que as temperaturas máximas permanecerão dentro da média esperada para o período de agosto a outubro em todo o Estado. Nas regiões do Marajó, RMB, nordeste e Baixo Amazonas estarão em torno de 34º C. No sul do Pará e na Calha Norte, atingirão entre 35º C e 36º C, em agosto e a primeira quinzena de setembro.
José Raimundo Abreu de Sousa, coordenador do Distrito Meteorológico de Belém, ligado ao Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), afirma que essas previsões estão dentro da média para cada uma das regiões pesquisadas. Ele explica que não haverá variações significativas de temperatura nesse mês de setembro porque não está previsto nenhum fenômeno meteorólogico nos oceanos Atlântico e Pacífico.
Por se tratar de uma área mais distante do oceano, a região sul do Estado apresenta clima seco e com menos precipitação das chuvas. 'Em Marabá a média é 22.4 milímetros. Como nesse período chove pouco, a média não é superada. As temperaturas podem chegar até 38º e, quando isso acontece, as pessoas perecisam encher bacias com água e espalhar pela casa para amenizar o clima seco.'
No caso da RMB, onde a média histórica de chuvas é de 131 milímetros, a tendência é que chova com mais frequência. 'Mesmo quando Belém entra no período menos chuvoso, que vai de setembro a novembro, a média continua superior 100 milímetros. Somente em casos raríssimos esse número diminuiu', explica. Segundo dados do Inmet, a média de chuva da RMB já chegou a 140 milímetros só em agosto.
O meteorologista esclarece que devido ao efeito termodinâmico da atmosfera, há um aquecimento da superficie que favorece a evaporação e forma nuvens como a comulonimbus. 'Na maioria das vezes, esse tipo de nuvem causa rajadas de vento com trovoadas e relâmpagos, por isso as chuvas de Belém sempre vêm acompanhadas de relâmpagos e fortes correntes de ar. O vento sempre vem antes da chuva porque a nuvem ainda está se formando. Depois da precipitação, é comum a sensação de clima abafado, sem ventilação. Isso se explica porque o ar fica mais úmido e quente que o normal', diz.
Fonte: O Liberal
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