Lista: seleção de decepções do Fla tem Cadu, Edmundo e até Garrincha



Eduardo assinou termo que o liberou dos treinos na quinta-feira e encerrou passagem apagada pela Gávea

Por GloboEsporte.comRio de Janeiro


Na quinta-feira, Carlos Eduardo assinou termo que encerrou uma passagem que esteve longe de corresponder às expectativas da torcida do Flamengo. Em janeiro de 2013, no dia em que foi definido o fim da novela, flamenguistas lotaram o perfil oficial do meia no Twitter com mensagens esperançosas. Na cabeça dos fãs, estava preenchida a carência de um genuíno camisa 10, algo que o Flamengo não tinha desde Petkovic - Ronaldinho Gaúcho dificilmente atuou centralizado. Diante do fracasso de Carlos Eduardo, o GloboEsporte.com fez uma lista de jogadores que chegaram ao Rubro-Negro cheios de pompa, mas acabaram decepcionando. Confira:



CARLOS EDUARDO



Destaque absoluto do Grêmio no vice-campeonato da Libertadores em 2007 e com passagens pela seleção brasileira após se destacar no Hoffenheim, da Alemanha, Cadu foi tratado como a principal contratação da atual diretoria. O jogador vinha de longa inatividade no futebol russo (quase dois anos parado, por conta de seguidas lesões de joelho), e foi emprestado pelo Rubin Kazan ao Rubro-Negro. Acabou como um dos jogadores mais vaiados da história do Flamengo e de salário mais alto (cerca de R$ 500 mil mensais). Fez apenas um gol pelo clube em 49 jogos (assista ao vídeo). Este, porém, foi determinante para que o time seguisse vivo na Copa do Brasil, que o Fla acabou por conquistar no ano passado. O contrato de Carlos Eduardo duraria até o fim de junho, mas o clube chegou a um acordo com o jogador para a rescisão durante esta semana.



VAMPETA



Em 2001, Vampeta foi envolvido numa troca pelas promessas Reinaldo e Adriano, que se transferiram para PSG e Inter de Milão, respectivamente. Os clubes europeus detinham os direitos econômicos do baiano. Ficou acordado também que o Fla receberia US$ 5 milhões na transação (cerca de R$ 12,6 milhões à época). Além de não ter se destacado, ficou marcado pela frase "Eles fingem que me pagam, e eu finjo que jogo". Virou eterno desafeto da torcida rubro-negra. Jogou 16 vezes pelo Flamengo e anotou um gol. Foram quatro vitórias, quatro empates e oito derrotas. Naquele ano, o time só escapou do rebaixamento na última rodada do Campeonato Brasileiro.



DENÍLSON



Denílson chegou ao Flamengo emprestado pelo Betis, em julho de 2000. A transação custou aos cofres rubro-negros US$ 3 milhões (cerca de R$ 5,43 milhões à época). Vale destacar que sua transferência do São Paulo, onde foi formado, para o futebol espanhol se manteve por um bom tempo como a mais cara do mundo. Vestiu a camisa rubro-negra por apenas três meses, período em que marcou quatro gols em 19 jogos. Foi vaiado frequentemente. Ao lado, a participação de Denílson em jogo contra o Sport. Depois de fazer um gol, ele acabou expulso.



ALEX



Ídolo do Palmeiras e figura crucial na conquista alviverde da Libertadores de 1999, Alex era visto como o homem ideal para reger o meio-campo rubro-negro. Em 2000, foi emprestado ao Flamengo pelo Parma, que havia excedido o número de estrangeiros em seu elenco. Companheiro de Denílson, foi outro que decepcionou feio. Apenas três gols em 12 jogos, todos marcados quando o time já estava eliminado na Copa João Havelange. O Fla desembolsou US$ 1 milhão (R$ 1,8 mi, pelo câmbio da época) por um empréstimo de um ano, mas, após decepcionar, o atleta acabou devolvido ao clube italiano, que o recolocou no Verdão já em janeiro de 2001.



RODRIGO FABRI



Craque da Portuguesa no Brasileiro de 1996, Rodrigo Fabri era considerado uma das maiores promessas do futebol nacional quando chegou à Gávea, em 98. Foi apresentado ao lado de Romário, Zé Roberto, Cleisson e Palhinha. A velocidade e os gols dos tempos de Lusa sumiram. Foram nove marcados (assista a um deles ao lado, no jogo contra a Ponte Preta) em 44 partidas disputadas pelo Rubro-Negro (17 vitórias, 14 empates e 13 derrotas). Depois do Flamengo, teve chegou a ter passagem de brilho no Grêmio, entre 2002 e 2003, mas não voltou a se firmar como grande jogador.



EDMUNDO



O Animal foi recebido por dois elefantes, um tigre e um macaco em sua apresentação ao Flamengo em 1995. A festa foi imensa, e Edmundo chegava para formar o Ataque dos Sonhos. Tudo deu errado. O time lutou para não cair no Brasileiro e amargou um vice na Supercopa dos Campeões da Libertadores. O craque não brilhou. E sua contratação, viabilizada por um empréstimo do Consórcio Plaza, que construiria um shopping na Gávea, transformou-se numa das maiores dívidas do clube. O centro comercial nunca foi erguido, o Rubro-Negro não pagou o que devia e, em 2011, o débito, que inicialmente era de R$ 6 milhões, já estava estimado em R$ 65 mi. Edmundo jogou 23 vezes pelo Flamengo. Foram oito vitórias, sete empates e oito derrotas. Fez nove gols.



BORGHI


O argentino Claudio Borghi chegou a ser comparado a Maradona em seu país. Com a camisa da seleção alviceleste, conquistou a Copa do Mundo de 1986. Um ano antes, pelo Argentinos Juniors, brilhou e ajudou seu time a ganhar a Libertadores. Transferiu-se para o Milan, mas o excesso de estrangeiros o impediu de ter chances. Em 1989, foi tratado como resposta da diretoria rubro-negra após a ida de Bebeto para o Vasco. Chegou com festa e pompa, mas não vingou. Seis jogos, quatro derrotas, apenas uma vitória e nenhum gol marcado.

Borghi no jogo entre Argentina e Bulgária, pela Copa do Mundo de 1986 (Foto: Getty Images)





GARRINCHA


Anjo das Pernas Tortas, Garrincha, mesmo aos 35 anos, chegou ao Flamengo em 1968 cercado de expectativas. Tido por muitos como o segundo maior jogador brasileiro de todos os tempos, arrastou quase 100 mil pessoas para o Maracanã em sua estreia pelo Rubro-Negro, clube do qual, segundo a cantora Elza Soares, com quem viveu e teve um filho, sempre foi torcedor. O Vasco venceu por 2 a 0. A passagem foi discreta: disputou cinco jogos oficiais e 15 amistosos, marcando quatro gols.

Garrincha era rubro-negro, mas não teve sucesso com a camisa do Flamengo (Foto: Reprodução)

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