Fique Antenado: Como anda o conflito na Ucrânia?
transições
bom dia. esta segunda-feira coincidiu com o último dia do mês. um fim é sempre seguido de um começo, e essa pode ser uma boa deixa para você analisar o mês que se foi e começar a planejar o próximo.
Como anda o conflito na Ucrânia?
MUNDO
(Foto: Emilio Morenatti | AP)
Proporções cada vez maiores. O final de semana foi marcado por novos ataques russos à Ucrânia, com mais destaque aos feitos à capital do país, Kiev.
Segundo o Ministério da Defesa ucraniano, 352 civis já foram mortos durante a invasão, incluindo 14 crianças. Mais 1.684 ficaram feridos.
Ontem, a tensão aumentou ainda mais por uma ameaça específica de Putin. O presidente ordenou que o Exército coloque a força nuclear estratégica do país em alerta especial, causando temor no resto do mundo, que sabe de seu potencial nuclear.
Em resposta à situação, a União Europeia “saiu da moita” e aprovou o envio de caças — um tipo de avião militar — para a Ucrânia.
Os protestos: Pelo menos 48 cidades na Rússia viram manifestantes protestarem contra a guerra. E não foi só lá… Em Berlim, 100 mil pessoas foram às ruas contra a invasão, além de Madri, onde também aconteceram atos com esse objetivo.
Novidades nas sanções econômicas?
Sim, senhores. Se o Ocidente não está usando mísseis hipersônicos contra a Rússia, ele está usando as finanças como arma. As penalidades econômicas estão se equiparando às aplicadas em regimes como Cuba, Irã e Afeganistão, por exemplo:
💸 SWIFT: O SWIFT é o serviço global que facilita todas as transações internacionais. Os governos ocidentais, então, propuseram que bancos russos sejam expulsos do sistema.
🏦 Congelamento do Banco Central: A União Europeia comunicou, ontem, que mais da metade das reservas do Banco Central russo serão congeladas, algo que nunca aconteceu com um banco central do G20 antes.
🎯 Sanções à pessoa física. Os EUA, a UE e o Reino Unido incluíram Putin e seu chanceler, Sergei Lavrov, na lista de pessoas com bens congelados em seus territórios, que incluía, até então, Kim Jong Un, Lukashenka e Bashar al-Assad.
Olhando para o futuro… Não é simples dizer — ou chutar — os próximos passos de uma guerra. De qualquer forma, os membros da ONU se encontrarão hoje em uma reunião extraordinária para discutir o assunto. Será que sai algo?
Outras notícias relevantes para a sua segunda-feira:
- US$ 3 bilhões para reconstruir. Maior avião do mundo é destruído por ataque russo à Ucrânia
- Já estão pressionando Putin. Bilionários russos perdem US$ 39 bilhões em um dia de ataque
- Enquanto isso… Coreia do Sul diz que Coreia do Norte disparou “projétil não identificado”
Dois anos depois do primeiro caso no Brasil
BRASIL
Sabe quem assoprou as velinhas no final de semana? A COVID-19. No sábado, o primeiro caso positivo para a doença confirmado no Brasil completou dois anos.
Um panorama geral desses dois anos 2️⃣
No acumulado, já foram registrados mais de 28 milhões de casos e 649 mil mortes pela COVID.
Fazendo os cálculos, nesses dois anos, uma pessoa morreu pelo vírus a cada 1 minuto e 40 segundos, e um novo caso foi confirmado a cada 2 segundos.
Hoje, 172,3 milhões de brasileiros já tomaram pelo menos uma dose da vacina— o que equivale a 80,25% da população. Enquanto isso, 72,04% já completou o esquema vacinal inicial, sem levar em conta a dose de reforço.
Em relação aos métodos de tratamento, a Anvisa já aprovou 6 remédios para tratar a COVID-19.
Como no Brasil parece que nunca estamos livres disso, durante a pandemia, a Polícia Federal fez quase 80 operações contra desvios de dinheiro em estados e municípios.
A evolução da pandemia 🦠
O Brasil passou por algumas “ondas”, que vieram, na maioria das vezes, acompanhadas de restrições. A mais letal, da variante Delta, aconteceu no meio de 2021, e a mais infecciosa, da Ômicron, no início deste ano.
CASOS:
(Fonte: JHU CSSE COVID-19 Data)
Atualmente, são registrados, em média, 79.605 novos casos por dia. Esse indicador é 40% menor ao de duas semanas atrás, mostrando tendência de queda pelo 18º dia seguido.
MORTES:
(Fonte: JHU CSSE COVID-19 Data)
O cenário atual é de 690 óbitos por dia, em média. Esse número também está em tendência de queda, com uma variação de -22% em comparação a 14 dias atrás.
Nos últimos tempos, que contaram com a chegada das vacinas e o aprimoramento dos tratamentos, vimos a COVID-19 se tornar menos letal e passar para um novo estágio, com a população e as autoridades mudando a forma de tratar o vírus.
Os impactos além da saúde 💰
Para apoiar as famílias que tiveram sua renda perdida devido ao isolamento e à quarentena, o governo brasileiro desembolsou R$ 23 bilhões por mês durante o Auxílio Emergencial, que atingiu mais de 39 milhões de famílias.
Durante o período, centenas de milhares de empresas fecharam as portas,levando o desemprego para 14,7% em 2021 — um recorde na série histórica.
Além disso, em 2020, o PIB brasileiro caiu 4,1%, impulsionado negativamente pela baixa atividade econômica. Já os números de 2021 serão divulgados nessa semana.
O que mais é destaque no país?
A estratégia do Burger King para passar pela inflação
NEGÓCIOS
(Imagem: Verve Times)
— Inflação: “a”
— Burger King: “vou diminuir as porções”.
O maior franqueado do Burger King dos EUA — que opera 15% de todas as unidades do país — decidiu cortar o tamanho de algumas porções e diminuir o número de descontos para minimizar os impactos do aumento de custos trazido pela inflação.
Caso você não se lembre, em janeiro, a inflação nos EUA subiu 7,5%, a maior alta em 40 anos.
Com isso, os custos de produção aumentaram e, para completar, um número recorde de trabalhadores se demitiu durante a pandemia, o que fez com que o franqueado tivesse que subir os salários em 14% para ajudar a atrair e reter funcionários.
A estratégia💡
Se os custos aumentaram, eles serão repassados para o consumidor. No entanto, diminuindo o número de nuggets de 10 para 8 ou reduzindo o número de ofertas de hambúrgueres, por exemplo, o consumidor sente menos do que se os preços disparassem.
A rede também aumentou os valores do cardápio, mas, com essas duas novas frentes, a alta dos preços ficou mais leve para o cliente.
O assalto ao streaming
TECNOLOGIA
(Imagem: Netflix | Reprodução)
Ironicamente, o set da série Lupin, da Netflix — inspirada em um “ladrão gentil” da literatura — foi alvo de assaltos.
Cerca de 20 pessoas invadiram as filmagens, perto de Paris, e roubaram equipamentos avaliados em mais de R$ 1,7 milhão. Um roubo milionário, como o colar de diamantes da série…
Aproveitando o gancho, Lupin, que está com a terceira temporada em gravação, foi o maior sucesso francês da Netflix.
A produção já alcançou quase 80 milhões de contas, se mostrando parte de uma virada de chave da empresa quando se fala de conteúdos em língua não-inglesa.
Voltando aos roubos…
Lupin não foi o primeiro título da Netflix a se tornar vítima de um roubo do tipo. O set de filmagens de The Crown também foi alvo de um assalto recentemente, com ladrões levando joias e peças do figurino avaliadas em R$ 1 milhão. O seguro da Netflix deve ser alto… risos.
Alívio em dobro por aqui
ECONOMIA
(GIF: Tenor | Reprodução)
Com a B3 fechada hoje e amanhã por causa do Carnaval, os investidores podem descansar duplamente — 1) porque é feriado e 2) porque estarão de folga em dias de possível desespero com os conflitos Rússia-Ucrânia.
No entanto, mesmo com a semana reduzida — a Bolsa só volta na quarta, às 13h —, a primeira semana de março vai trazer números importantes.
🇧🇷 Na sexta-feira, sai o PIB brasileiro do quarto trimestre de 2021 e do acumulado do ano. O número é muito aguardado, porque vai mostrar, de fato, como foi a atividade econômica no Brasil em 2021.
📊 Mas, antes disso, na quinta-feira, teremos os dados da balança comercial de fevereiro, que nada mais é que a diferença entre exportações e importaçõesnesse mês.
🛢️ Na agenda política, devem ser retomadas as discussões sobre os Projetos de Lei envolvendo os combustíveis, que estão dando o que falar.
🇺🇸 Por fim, no exterior, o destaque será o payroll — os dados oficiais do mercado de trabalho nos EUA. Esses números são acompanhados com atenção, pois podem indicar os próximos passos do Banco Central do país, o Federal Reserve.
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